Andorinha

Andorinha

Hoje acordei com uma andorinha no estômago.

A noite era de tempo limpo e sono.

Sabia a quebra milenar, cabelo solto.

Nenhuma angústia, lei, mato ou víscera defronte.

O prédio seguia o seu curso normal de vida, espécie de abrigo impune.

Gineceu.

Observava sem capacidade estrelada o céu, quando a miúda astronomia me

Espantou a inocência.

A circular impressão se revelara.

Tal como no meu estômago, assim uma via-andorinha, se alongava, qual

fita emprestada, distraidamente, no ar.

Pedro Vale

@Vale10Pedro

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