Luz(a) Alma
Sossega e vive do ar
A cómoda alma, armário espacial.
Plana e cisma a esmola pintada
Na rua nua e perfumada.
Sonha a universal fundação,
À beira-rio, navio-fantasma e fruição.
Entoa, na guitarra infantil, dramática gente,
Num acorde simples, medieval.
– Ó alma lusa,
Acorda e sente,
Mesmo que à tangente,
O que é ser filha de Portugal.
Pedro Vale