Uma Vida Com Sentido

Uma Vida Com Sentido

Tem um bom tempo que iniciei uma jornada de questionamentos sobre a vida, porque não podia me conformar de que esta vida que se apresenta de forma tão fugaz fosse também sem sentido, a ponto até de parecer que não era minha.

O incômodo por tantas opiniões que moravam dentro de mim e insistiam em bombardear a minha mente me atordoavam e tornavam esta minha vida aprisionada. A sensação era de querer caminhar, correr, voar, com uma corrente curta e tão grossa, atada a meus pés, que questionei por vezes se esta vida valia a pena da forma que estava.

A vida não podia ser só isso.

Com o tempo percebi que estas vozes de julgamento constante que me aprisionavam sob seu comando não eram minhas. Eu as registrei sem perceber num gravador mental e elas simplesmente se repetiam, dia e noite, sem qualquer movimento de reflexão.

Era necessário identificá-las. Quem são? Por que estão aí? Para que servem? Mas, acima de tudo: Quem sou eu? Eu precisava responder a esta pergunta, mais do que tudo.

Eu entrara na jornada do autoconhecimento, sem perceber. Uma jornada sem volta.

Descobri que aquelas vozes, todas elas, eram de pessoas significativas que passaram por minha vida, com boas intenções, (algumas não) mas o que elas me falavam, a cada dia fazia menos sentido para mim. Eu precisava encontrar a minha voz de comando.

Elas estavam ali porque existia uma porta aberta que eu ainda não sabia fechar, e muito menos escolher as que eu queria deixar entrar. Elas foram muito importantes, porque me estimulavam a buscar o oposto delas para então decidir com quais iria construir a minha voz. É necessário a sombra para identificar o que é luz.

A minha luz.

Elas não foram embora, mas aprendi a baixar o som, interrompê-las e identificar a minha voz, que me diz quem eu sou e o que quero. Também compreendi que sem elas não teria material para me construir, fosse pela aceitação, fosse pela rejeição delas.

Qual seria o sentido, do Criador ter tanto trabalho na arquitetura de nosso DNA, que mesmo após tantas misturas, onde ninguém é igual geneticamente falando, se precisássemos ser todos iguais em nosso modo de ser.

Não, eu existo para SER quem eu sou, quem eu escolho SER.

Sim, entendi que é uma escolha e uma jornada diária. A partir deste autoconhecimento descobri também que existe dentro de mim o que faz meu coração bater mais forte e que me faz levantar todos os dias e isto é o que eu nasci para fazer, do meu jeito único de SER.

Porém, o outro, é fundamental para construir a minha história e para juntos construirmos um mundo mais autêntico e interessante, e uma vida com sentido.

QUEM É VOCÊ?

Se você não consegue responder a esta pergunta, te convido a iniciar sua jornada de autoconhecimento.

Luci Maritan

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