Aprenda a Ser Feliz
Nos últimos anos tenho dado dezenas de palestras relacionadas com a temática “Aprenda a ser feliz” e formações com a designação “Inteligência Emocional”. Todos nós devemos olhar para o nosso cérebro como um músculo porque trabalhar a nossa inteligência emocional dá trabalho – e, por vezes, muito trabalho. O conceito de neuroplasticidade já está há muito estudado. Ou seja, ao treinar adequadamente o seu cérebro, vai criar novas conexões neuronais, responsáveis por uma gestão mais adequada das emoções. Assim como a maioria das pessoas toma banho e escova os dentes todos os dias, a sociedade em geral deveria estar sensibilizada para tratar diariamente da sua higiene emocional. E se não tiver 10 minutos por dia para cuidar das suas emoções, não tem vida pessoal e, muito provavelmente, nesse cenário, estará na maior parte do seu tempo em modo piloto-automático. Quando não nos focamos no “aqui e no agora”, e a nossa mente está sempre a saltar entre episódios passados e episódios possíveis (ou impossíveis) de acontecer, está a ser consumida energia preciosíssima para saborearmos a vida na máxima plenitude.
Para que possa conectar-se mais vezes com o presente, poderá começar por:
-Observar mais vezes a sua respiração como uma âncora que lhe deixa no presente;
-Caminhar devagarinho, tentando sentir cada passo;
-Saborear cada alimento que ingere sem estar a fazer outra tarefa ao mesmo tempo;
-Observar com curiosidade a forma como as outras pessoas comunicam consigo;
-Focar-se no máximo possível de sensações quando abraça ou beija alguém próximo;
-Alterar alguns pontos da sua rotina, como, por exemplo, o trajeto para o trabalho.
As referidas atividades são apenas alguns exemplos, mas existe uma infinidade delas. Seja criativa.
O otimismo e a gratidão também são pilares essências na aprendizagem da felicidade.
Deve cultivar uma mente otimista, numa perspetiva de focar-se naquilo que quer que aconteça e não sobrevalorizar o medo daquilo que possa vir a acontecer. E a gratidão deve ser evocada diariamente porque mesmo um sem-abrigo tem motivos para estar grato. Existem alguma coisa mais importante do que estar viva?
Existem muitas outras estratégias com impacto no curto-prazo para a felicidade que irei desenvolver ao longo dos próximos artigos.
Sinto uma enorme gratidão no momento em que escrevo este artigo porque, com certeza que será, um de muitos que vos irá ajudar a serem mais felizes.
Luís Lameira
Psicólogo Clínico e da Saúde