A inteligência emocional se aprende desde pequenino

A inteligência emocional se aprende desde pequenino

As situações quotidianas são interpretadas pelos indivíduos de acordo com as suas habilidades emocionais, podendo assumir um sentido positivo ou negativo. Desta forma, a inteligência emocional é percebida como a habilidade de reconhecer os próprios sentimentos e compreender os dos outros, de maneira a saber geri-los adequadamente. Abarcando assim o autoconhecimento, autocontrolo, sociabilidade, competências de relacionamento, tomada de decisões com responsabilidade, persistência e resiliência. Tem como objetivo promover o crescimento emocional a fim de interpretar as situações de forma mais condizente com as evidências. Quando as emoções são reguladas, ou seja, quando o indivíduo possui competências emocionais que preparam para os desafios diários, é possível evitar o desenvolvimento de uma psicopatologia.

Os estudos sugerem que é durante a infância e a adolescência que a inteligência emocional assume maior importância, pois os comportamentos emocionais podem ser ensinados, apreendidos e modificados com maior facilidade. Sendo assim, é importante promover a educação emocional desde as idades precoces. A sua estimulação exige treino e existem diversas formas dos pais prepará-los emocionalmente. Leia a seguir algumas sugestões.

Autoconhecimento: O autoconhecimento ajudará seu filho a perceber como geralmente reage às situações. Por exemplo, ensine seu filho a expressar-se e ajude-o a identificar e nomear as emoções e sentimentos. Quando estiver a chorar, explique que pode chamar a este sentimento de tristeza. 

Autocontrolo: O autocontrolo possibilita que a criança lide com as situações de maneira impulsiva e evita constrangimentos. Por exemplo, ensine a criança a acalmar-se por meio da respiração abdominal; a contar até vinte; a distrair-se mudando o foco; e resolver os problemas de forma justa e sem violência.

Sociabilidade: A habilidade essencial para relacionar-se com as pessoas nos mais diversos contextos é a empatia. Por exemplo, ensine o seu filho a conviver com as diferenças; a fazer novas amizades; a ter atitudes solidárias e de compaixão; a colocar-se no lugar do outro; a não julgar e a ouvir quando alguém estiver a falar.

Responsabilidade: A responsabilidade está relacionada ao cumprimento dos compromissos, gerando confiança e tranquilidade nas pessoas. Por exemplo, incentive seu filho a responsabilizar-se pelos seus atos desde cedo (respeitando o nível de perceção de sua idade); esclareça que toda ação tem uma consequência; elogie as atitudes de responsabilidade, persistência e resiliência.

Você pode participar desta coluna enviando suas dúvidas e sugestões para: geral@olharbrasileiro.pt

Anelise Cossio
Psicóloga

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