Técnica e Comportamento – O Equilibro Perfeito.

Técnica e Comportamento – O Equilibro Perfeito.

O que você quer ser quando crescer?

Com essa pergunta inocente, somos incentivados desde muito cedo a associar crescimento com profissão, qualificação, conhecimentos técnicos. Como se para ser alguém na vida fosse necessário um título recheado de carimbos de “concluído”.

Para isso, estudamos por longos anos a fim de obter um diploma que prove a um empregador que temos conhecimentos técnicos que nos especializaram no SABER FAZER.

Ótimo, isso é sim importante. Porém, já faz muito tempo que o diploma não é sinônimo de estar empregado. É preciso bem mais que isso para mostrar que se tem habilidades. É preciso SABER SER.

Existe um ditado no mundo corporativo que diz “as empresas contratam as pessoas por suas competências técnicas e as demitem pelas comportamentais”. Por isso, te apresento esse termo, caso você ainda não conheça, que se chama: Competências comportamentais. Elas são tão ou mais importantes do que as competências técnicas. Vamos aprender as diferenças?

O QUE SÃO COMPETÊNCIAS?

As competências são as aptidões de uma pessoa para executar determinada função ou atividade. A palavra é derivada do latim competere, que é relativa aos conhecimentos, habilidades e atitudes de um profissional

As competências técnicas são as inicialmente testadas e observadas para que o profissional ingresse em um trabalho ou emprego. Então, é importante (óbvio) estudar, conhecer sistemas, métodos, processos ou qualquer que seja a técnica usada na sua área de atuação.

Porém, nem tudo é técnica, e é importante que você saiba disso.

A porta de entrada é seu currículo, mas o que fará você permanecer será o seu comportamento, atitudes e a maneira que conduz os seus conhecimentos. Todo empregador espera que seus funcionários se adequem a cultura e filosofia da empresa, e para isso muitas organizações até estão dispostas a investir em conhecimento técnico para aqueles profissionais que se revelam excelentes em sua conduta, apostando assim que terá um colaborador tecnicamente e comportamentalmente adequado ao cargo.

Como profissional de RH, tendo atuado por mais de 10 anos nesse mundo empresarial, já vi pessoas com pouquíssimos conhecimentos técnicos conseguindo avançar com exito em suas funções, por terem competências comportamentais que as ajudavam nos resultados. Mais vale ofertar a essas pessoas cursos que as capacitem tecnicamente e as adequem ao cargo, do que insistir em profissionais de péssima conduta que dificilmente mudará quem são para se adaptarem a cultura da empresa.

AVALIAÇÕES DE COMPETÊNCIAS

Algumas organizações avaliam seus colaboradores de tempos em tempos, tendo como principais métricas:

  • O seu crescimento técnico, que está relacionado a: Graduações, especializações, certificações, cursos de idioma, entre outros, sempre associado ao SABER FAZER.
  • O seu desempenho comportamental, que está relacionado a: Feedbacks de clientes, relacionamento interpessoal, criatividade na resolução de problemas, iniciativa, flexibilidade, entre outros, sempre associado ao SABER SER.

Com base nessas competências técnicas e comportamentais, se mede o resultado do trabalho. O ideal é que a junção das duas tenha um efeito positivo na produtividade que a função exige.

Parece “um bicho de 7 cabeças” mas não é. Basta imaginar o dia a dia da sua função e o que é mais exigido que você faça e como deve atuar.

Quais suas principais atividades? E para executá-las, o que você precisa saber?

De quem recebe demanda? Com quem divide as atividades? A quem presta conta do seu trabalho? Qual comportamento seu ajuda a você e os outros a terem um melhor resultado?

Trabalhar em uma empresa, é pensar coletivo. Mesmo que você fique o dia todo trancado em uma sala sozinho, certamente em algum momento do dia se relacionará com alguém, seja por telefone, canais de comunicação interno ou pessoalmente. E a maneira que essa relação acontece, determina muito sobre o seu comportamento.

Para finalizar, a técnica e a conduta devem andar de mãos dadas. Uma não sobrevive sem a outra. O resultado depende DAS DUAS.

Portanto, investir na carreira vai além de certificado, é preciso entender que atitudes se esperam para a sua função e ajustar as emoções que consequentemente se tornarão a sua conduta perante a empresa e colegas de trabalho.

Karol Barreto
Especialista em Gestão de Pessoas

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