Pudim Abade de Priscos
A gastronomia é provavelmente a maior junção de Culturas da história. Capaz de interligar fronteiras com seus variados pratos; extraindo o que há de melhor e trazendo à nossa mesa uma explosão de sabores.
Suas formas infindáveis deixaram de estar associadas ao encargo das donas de casa e está diretamente ligada às práticas culturais e sociais.
E por mais que hoje esse processo esteja mais visível, ela já é vigente desde as primeiras colonizações; quando os alimentos começaram a migrar, sendo introduzidos fora de sua nascente.
Esta inclusão tornou-se uma ferramenta poderosa de comunicação por meio da gastronomia, fala-se de valores e culturas.
O que mudou foi a padronização das receitas que vêm sendo implantadas.
Antigamente o feeling de quem cozinhava era a maior valia, já que não existiam padronizações nas medições. Era muito comum as expressões “brasas” ou “cinzas”, ou ainda “assar em forno bastante controlado”.
Já nesta época faziam-se as misturas de doces e salgados. Um exemplo muito antigo e muito famoso é o pudim “Abrade de Priscos”. Um doce criado por Manuel Joaquim Machado Rebelo; padre nomeado em 1864, colocado na freguesia de Priscos em 1887, que popularizou-se como um famoso cozinheiro e imortalizado como “O Abade de Priscos”.
Esse pudim tem em sua base toucinho gordo e é atualmente considerado um dos patrimônios de Braga.
Confecção
Levar ao lume, num recipiente, meio litro de água. Quando começar a ferver, adicionar 500 gr de açúcar, casca de limão, dois paus de canela, 50 gr de toucinho gordo (sem courato). Logo que esta calda estiver em meio ponto, passar por um coador e deixar arrefecer um pouco. Juntar 20 gemas de ovos muito bem batidas com um cálice de vinho do Porto. Untar uma forma com caramelo, com tampa e encher a preparação. Tapar e vedar bem com um pano para impedir que entre água. Levar ao forno pré-aquecido a 220º durante aproximadamente 1 hora. Deixar arrefecer e desenformar sobre um prato.
Chef Beto Oliveira